Pernambucanos na Copa

O que o artilheiro da Copa de 50, o artilheiro da de 62, o melhor goleiro da história da seleção brasileira, o melhor cobrador de faltas do futebol mundial, o melhor jogador do mundo da FIFA em 1999, o xerife da seleção de 1994 têm em comum? Todos, ilustres pernambucanos.

Uma verdadeira mina de ouro do futebol nacional, Pernambuco sempre contribuiu de forma significante para a campanha canarinha em campeonatos mundiais. E, como estamos em ano de Copa, o Blog Futebol Pernambucano não poderia passar em branco e resolveu fazer uma homenagem aos jogadores pernambucanos que fizeram história com a camisa verde e amarela disputando Copa do Mundo.

O primeiro destaque pernambucano foi o “Queixada”, Ademir Menezes, jogador do Sport que usou a camisa brasileira na Copa de 50 e, apesar da frustração da não conquista do título, não fez feio e foi o primeiro artilheiro brasileiro em Copas do Mundo com 9 gols. Para se ter idéia do seu prestígio, na época o mestre Armando Nogueira fez uma poesia para Ademir que se iniciava assim: “Se o futebol me quisesse dar um presente, bastava que me desse um domingo inteirinho só de gols de Ademir Meneses.”

A copa de 50 não veio, mas a de 58 era nossa! Nossa sim, brasileira, claro, pernambucana também. Vavá foi o representante pernambucano naquele brilhante campeonato mundial. E para quem achou pouco, ele também jogou a copa de 62, e fez melhor, foi um dos artilheiros da competição juntamente com outros grandes jogadores, inclusive com “Mané” Garrincha. Curiosamente ele iniciou a carreira no América Futebol Clube, passou pelo famoso Íbis até se firmar no Sport.

Por falar na Copa de 1962, Vavá teve outro conterrâneo na ajuda da conquista do Mundial, Zequinha. O volante integrou o elenco daquele ano e, apesar de ter iniciado a carreira no futebol na Paraíba, é Pernambucano e jogou pelo Santa Cruz. Zequinha, na gíria futebolística, foi “pé-quente”. Das 17 partidas disputadas, ganhou 14 e fez 2 gols representando a seleção brasileira.

Rildo foi o representante pernambucano na Copa realizada em 1966, na Inglaterra. O lateral esquerdo que marcou época no Santos iniciou a carreira no pássaro preto, Íbis Sport Club.

Na mesma copa, Manga, considerado por muitos “o melhor goleiro da história da seleção brasileira” e que defendeu as cores rubro-negras aqui em Pernambuco, era o goleiro da Canarinha. Manga, curiosamente, até hoje tem o recorde de ser o jogador com mais participações na Copa Libertadores daAmérica.

A Copa do Mundo de 1994, a qual o Brasil ganhou na raça e tem como símbolo do início da campanha o jogo emblemático realizado aqui em Recife, no Arruda, contra a Bolívia, tinha dentro de campo um Xerife, o pernambucano Ricardo Rocha, que comandou a zaga brasileira em muitos jogos. Sinônimo de raça, o jogador que iniciou a carreira no Santo Amaro e se destacou no Santa Cruz, contribuiu para o Brasil voltar a levantar a taça após um grande jejum.

Melhor jogador do mundo de 1999, segundo melhor jogador do Mundial de 2002 fazendo 5 gols no mundial, Rivaldo foi um dos integrantes da seleção de 2002, mais conhecida como “família Scollari”. O meia atacante que muitas vezes foi contestado, na Copa do Mundo foi um gênio. Rivaldo teve um conturbado início de carreira no Santa Cruz, onde após alguns jogos, foi negociado com o Mogi Mirim.

Na última Copa do Mundo, em 2006, Juninho que leva o estado de Pernambuco em seu nome foi o nosso representante. Um mestre em cobranças de faltas, um ídolo em todos os times por onde passou Juninho sempre foi sinônimo de dedicação. Iniciou a carreira no Sport.

Agora, em 2010, Pernambuco não deve ficar sem representante, Josué, nascido em Vitória de Santo Antão, deve ser o nosso conterrâneo na disputa pelo hexa. Esperamos que seja “pé quente” e que traga o tão esperado, HEXACAMPEONATO. Boa sorte Brasil, boa sorte Josué.







Por Lucas Carvalho