Análise do clássico Náutico x Sport

O primeiro tempo do Clássico dos Clássicos começou com o Náutico esboçando uma atitude de quem iria pressionar o time misto do Sport, mas foi apenas um esboço. Nem o fato do time adversário estar jogando com a maioria dos reservas, nem a possibilidade de quebrar uma invencibilidade do adversário que já dura 48 rodadas no Pernambucano foram suficientes para fazer com que os jogadores alvirrubros adotassem a postura desejada pela torcida com a campanha “Vermelho de Luta”. Os 45 minutos iniciais foram marcados por tal esboço, seguido por uma apatia do time do Náutico e, posteriormente, pela posse de bola do Sport, que passou a mandar no jogo e criou boas chances, desperdiçadas principalmente pelo atacante Leandrão. Outro fato relevante da primeira etapa foi o chute de Bala, um dos poucos lances que acionaram o goleiro Magrão.  

Logo no começo do segundo tempo o time do Náutico mostrou uma mudança de atitude. Ramirez lançou para Geílson, que foi derrubado por Igor Maranhão na área. Pênalti, marcou o árbitro Carlos Costa, duvidoso na minha opinião. Mesmo que o um gol tenha saído de pênalti, o modo de jogar do time alvirubro estava mudado, ou seja, a alteração realizada pelo técnico Gallo surtiu efeito (Márcio Tinga foi substituído por Bruno Meneghel). 

Os jogadores do Sport não conseguiram manter o padrão de jogo e o equilíbrio encontrados no primeiro tempo, o que piorou com a merecida expulsão de Isael, após levar o segundo amarelo por puxar o calção de Zé Carlos. Depois do gol até os 15 minutos da segunda etapa da partida, o Náutico pressionou bastante, principalmente com faltas, até que Bruno Meneghel recebeu livre na área e não desperdiçou. 2x0 Timbu para a alegria da torcida alvirrubra. O gol tomado fez Givanildo alterar a equipe leonina, colocando em campo Eduardo Ramos  e Zé Antônio, no lugar de Dairo e do garoto Levi, respectivamente. O segundo tempo seguiu, marcado por investidas do Náutico - como o chute de Bruno Meneghel defendido por Magrão - e pelo gol perdido por Leandrão, que, cara a cara com o goleiro Glédson, desperdiçou a chance de diminuir para o Sport. Os 15 minutos finais só confirmaram o resultado do clássico.

Vibra a torcida alvirrubra que, depois de passar por um primeiro tempo digno de vaias, viu a mobilização das arquibancadas ser representada em campo. Satisfação também para os jogadores do Timbu,  agora empolgados para decidir a semifinal contra o Santa Cruz. Por parte do Sport a derrota tira a esperança de ser bicampeão pernambucano invicto, feito realizado apenas pelo já extinto Tramways*, mas não altera a confiança da torcida para a partida de quarta-feira contra o Atlético-Mg, muito menos a crença de que o time irá em busca do pentacampeonato pernambucano. 

*O Tramways foi bicampeão invicto após conquistar os títulos pernambucanos de 1936 e 1937. Confira aqui a lista de todos os campeões e vices do Campeonato Pernambucano.

Dados da partida:

Escalação do Náutico: 1 – Glédson 2 – Daniel 3 – Diego Bispo 4 – Vinícius 5 – Hamilton 6 – Márcio Tinga 7 – Ramirez 8 – Derley 9 – Geílson 10 – Carlinhos Bala 11 – Zé Carlos

Técnico: Alexandre Gallo

Substituições: v Márcio Tinga ^ Bruno Meneghel (00min, 2º tempo) | v Ramirez ^ Nilson (34min, 2º tempo) | v Derley ^ Dinda ( 37 min, 2º tempo)

Cartões: Amarelo – Bruno Meneghel

Escalação do Sport: 1 – Magrão 2 – Eduardo Ratinho 3 – Igor Maranhão 4 – Tobi 5 – César 6 – André Luiz 7 – Levi 8 – Ricardinho 9 – Leandrão 10 – Isael 11 – Dairo

Técnico: Givanildo Oliveira 

Substituições: v Dairo ^ Eduardo Ramos |  v Levi ^  Zé Antônio | v Leandrão ^ Everton Felipe 

Cartões: Amarelo – Eduardo Ratinho, Ricardinho, Isael (2).
              Vermelho - Isael 

Arbitragem: Carlos Costa, com assistência de Ubirajara Ferraz e Pedro Wanderley.

Por Thiago "El mago" Matias

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